Não
seria exagero dizer que o assassinato do presidente Kennedy levantou
uma das crises sócio-políticas mais contundentes do nosso
tempo. Seis segundos mudaram o rumo da história naquela
sexta feira de 22 de novembro de 1963, em Dallas no Texas. A morte
súbita e trágica do líder do país mais
poderoso do planeta, desencadeou uma comoção única
ao redor do mundo.
E como o assassinato ocorreu sobre estranhas
circunstâncias, a torrente de controvérsia produzida
à partir daquela pequena fração de tempo, gerou
milhares de artigos, filmes, livros e abriu margem para intensas,
acaloradas e intermináveis discussões. E a razão
disso é simples: ninguém acreditou na versão
oficial do assassinato
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Jack Ruby atira em
Lee H. Oswald na
frente dos policiais. |
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Dois dias após o crime, o presumido assassino do presidente, Lee
Harvey Oswald foi morto por Jack Ruby, um gangster com extensas
ligações com a máfia e proprietário de uma
boate, na frente de mais de setenta policiais fortemente armados, no
subsolo da delegacia de Dallas. Não há dúvida
alguma que a crônica da polícia de Dallas nesses dois
dias, foi invulgar: falhou na prevençãodo assassinato e
falhou na proteção ao suspeito. |
Andando pelas ruas de Dallas facilmente podia se sentir a atmosfera de
ódio e ressentimento em cartazes espalhados por todo o
centro e periferia em que mostrava uma foto do presidente – de
frente e de lado - e, logo abaixo, um texto sinistro: Welcome Mr.
Kennedy To Dallas - WANTED FOR TREASON. A edição de
sexta-feira do Dallas Morning News trazia um anúncio de
página inteira com tarja preta, colocado por um grupo de extrema
direita, acusando o presidente dos Estados Unidos de atos de
traição, incluindo “o aprisionamento, a fome e a
perseguição de milhares de cubanos” e de “vender comida
para soldados comunistas que estavam matando americanos no
Vietnã”. O anúncio era uma espalhafatosa
incitação à violência contra John Kennedy.
Havia algo de lúgubre e desconcertante na vibração
e no olhar de cada morador da cidade. Existia uma certa tensão,
e a preocupação era justificada.
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O presidente e a primeira dama Jacqueline Kennedy desembarcando no aeroporto Love Field em Dallas. |
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Saída do aeroporto em direção
ao centro de Dallas. |
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O presidente Kennedy e sua comitiva estavam para chegar. A rota do
desfile havia sido publicada pelos jornais, e multidões de
pessoas acorreram às ruas para ver o primeiro mandatário
do país e a sua esposa Jacqueline Kennedy passar.
Já em Dallas, a limusine presidencial conversível,
acompanhada por carros de segurança da polícia,
serviço secreto, o governador do Texas, o vice-presidente, saiu
do Aeroporto Love Field por volta das 12h00.
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O presidente nas ruas de Dallas poucos minutos antes do atentado. |
Durante o trajeto pelas ruas da cidade, o presidente parou
várias vezes para cumprimentar e apertar a mão de seus
partidários, sem qualquer tipo de inconveniente maior. Kennedy e
a primeira dama sorriam para o público entusiasmado
através do trajeto estipulado, quando, saindo do centro, o
cortejo entrou na Praça Dealey, passando lentamente pela na Rua
Elm, em frente do prédio do depósito de livros escolares
onde o relógio no alto do edifício cravava 12h30min.
Rev. Dig. UNIVERSONueva Era
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