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SOBRE ASTROLOGIA
Por Antonio Carlos S. Harres - Brasil |
" Domingo, 13 enero, 1492.
No salió de este puerto por no hacer terral com que saliese.
Quisiera salir por ir a otro mejor puerto, porque aquél era algo
descubierto, y porque quería ver en qué paraba la
conjunción de Luna con el Sol, que esperaba a 17 de este mes, y
la oposición de ella com Júpiter y conjunción
Mercurio y el Sol em opósito con Júpiter, que es causa de
grandes vientos ."
Diario de Colón
Libro de la primera navegación y descobrimento de las
Indias Escrito por Cristovão Colombo e compilado por Frei
Bartolomeu de Las Casas
Para um país que tem sua trajetória gravada por severas
conjunções, oposições e quadraturas de
Saturno, e uma extensão quase continental, é um
sério desafio tentar rastrear as pegadas da Astrologia em sua
história, mesmo que ela se ache contida no breve espaço
de quase cinco séculos. E muito mais difícil se torna
ainda a tarefa, se o objetivo é resumi-la no prefácio
desta "Enciclopédia de Astrologia" de James Lewis.
Naturalmente, não poderemos abranger e citar aqui tudo e todos
que contribuíram para que o mais antigo saber humano se
enraizasse com tamanha força em Pindorama - na terra das
palmeiras - pelo quê apelo à generosidade dos leitores e o
perdão antecipado a notórios e anônimos,
indivíduos ou grupos que porventura me escape aqui registrar.
É preciso também esclarecer que as
publicações, escolas e eventos aqui listados obedeceram a
um critério de pioneirismo e de pontuação da
história da Astrologia.
Em qualquer lugar, no espaço e no tempo, onde surgiram
agrupamentos humanos, manifestou-se também algum tipo de
simbolismo que refletisse a íntima correspondência que
há entre os movimentos do céu e os acontecimentos na vida
humana e terrestre.
Para sermos fiéis a esta visão, teríamos que
iniciar a história da Astrologia no Brasil contando alguma coisa
da uranografia dos índios brasileiros, sobre a qual muito pouco
ou quase nada se conhece, talvez porque a principal base de
transmissão de seus mitos seja a tradição oral e
também porque em nosso país, as pesquisas
antropológicas são carentes de recursos. Basta dizer que
não foi um antropólogo, mais sim o médico
Francisco Carlos Pessoa Faria que conseguiu, após trinta anos de
pesquisas, analisar o significado da iaquatiara ( pedra lavrada ou
inscrição rupestre ) da pedra do Ingá, na
Paraíba.
Ali, numa área de trinta metros quadrados, todas as
constelações zodiacais encontram-se devidamente
representadas, sendo que a situação equinocial do
Escorpião permite supor que as inscrições sejam
anteriores a 2100 A. C. Na Serra dos Caiapós, há um
sítio arqueológico descrito no livro
O Enigma de Paraúna de autoria de Alódio Tovar, que
além de construções megalíticas, abriga uma
gruta onde é possível reconhecer símbolos
cosmológicos semelhantes aos da astrologia mesopotâmica -
e gravados há mais de dez mil anos, segundo
medições arqueológicas.
As décadas de setenta e oitenta foram palco, aliás, de
uma chuva de especulações sobre o significado de outros
sítios ainda quase inexplorados: de São Raimundo Nonato,
no Piauí, a Botucatu, em São Paulo, passando por todo
Planalto Central e pela Chapa Diamantina. Espeleólogos, grupos
de pesquisa ufológica e místicos das mais variadas
origens anunciavam descobertas que, de alguma forma, sempre apontavam
para conhecimentos astronômicos pré-históricos bem
mais amplos do que os reconhecidos pela comunidade acadêmica.
Talvez como fragmento reminescente desses saberes arcaicos, os
índios do Xingu atiram flechas para espantar a onça
mítica que vem engolir o Sol e a Lua nos eclipses. E nisso, se
igualam a chineses e hindus que se referem a um dragão alado que
devora os luminares.
Podemos afirmar que os primeiros astrólogos europeus que
chegaram ao Brasil foram os médicos e pilotos das
expedições espanholas e portuguesas que aqui
começaram a aportar oficialmente a partir do final do
século XV, depois do Tratado de Tordesilhas.
Os médicos, naquela época, por dever de profissão,
eram os que detinham o conhecimento do céu, eram chamados de
iatromatemáticos, que significa os que tinham a arte de curar e
usam a matemática - a Astrologia. Por isso, no início das
grandes navegações, foram chamados não apenas para
cuidar da saúde das tripulações, mas também
para guiar e treinar aos pilotos a se orientar no mar através da
posição dos astros.
Os irmãos Pinzon, levados para a Inglaterra, foram os que
iniciaram na marinha inglesa, a formação de pilotos e
navegadores independentes dos médicos.
Em 1499, Ojeda e Pinzon - navegadores espanhóis - estiveram no
Maranhão, um ano antes de Cabral tomar posse da terra para a
coroa portuguesa.
Como existem disputas históricas, preferimos apontar o Mestre
João, piloto judeu da frota de Pedro Alvares Cabral, como o
primeiro astrólogo a pisar oficialmente em terras brasileiras,
sendo inclusive o primeiro a calcular as coordenadas do Cruzeiro do
Sul. E talvez motivados pela cruz celeste, e também pelas
ligações das navegações portuguesas com as
cruzadas, via Ordem do Cristo, sucessora dos Templários,
quiseram dar ao lugar os nomes de Terra de Vera Cruz e depois Terra de
Santa Cruz - sem sucesso.
Tiveram que acabar se dobrando ao que já era costume: chamar o
lugar de Brasil, como referencia à cor de brasa do corante
tão necessário para tingir os tecidos destinados a vestir
nobres, prelados e grandes chefes militares. Este fato reflete um dos
arquétipos marcantes de nossa evolução
histórica, herdado dos portugueses: a crença de que um
decreto mudará a prática de que a tradição
já legislou.
E os que faziam de sua profissão a exploração do
pau brasil, eram chamados de brasileiros. Esta acabou sendo,
injustamente, a alcunha de todos os filhos dessa terra, que de fato
deveriam ser chamados de brasilianos ou brasilienses, da mesma forma
que os ingleses não são chamados de englishers - ser
inglês não é profissão! Talvez esteja
aí oculta, uma das causas sutis de nossa atitude de
subserviência e de colonialismo às outras
nações.
A brasa é um fogo adormecido, capaz de ressuscitar se
estimulado. É um fogo que pode eclodir, irromper como um
vulcão - uma das mais claras correspondências na natureza
com o simbolismo de Marte e Plutão regentes do signo de
Escorpião.
O vermelho puro e vivaz da brasa esta também na lava que
resfriada, irá tomar a cor escura das cinzas e do carvão,
formatando a nova crosta do planeta. Estudando a seqüência
de correspondências entre os principais fatos da historia do
Brasil e a Astrologia, vai se delineando uma teia marciana -
plutônica que rege o acontecer histórico do país,
tendo no grito do Ipiranga um de seus maiores clímax: Marte
estava em Escorpião e Plutão ingressava em Áries.
Nossa história astrológica está, como de todo o
resto também associada à história portuguesa e da
península ibérica. A tradição
astrológica atribui a Portugal a características
piscianas. Realmente, sua geografia sideral, no extremo ocidental da
península ibérica - que os antigos chamavam de finis
terrae, debruçando-se sobre a imensidão desconhecida do
oceano; ou também por ter seu povo resultado de uma grande
mistura de raças: celtas, fenícios, cartagineses,
cretenses, gregos e romanos, mais tarde engolfados por ondas
migratórias de tribos germânicas, especialmente visigodos,
e pela subsequente invasão dos mouros muçulmanos, sem
falar na contribuição de judeus, provençais e
genoveses - Portugal ou o porto dos galos, dos gauleses, responde ao
arquétipo de Netuno.
É interessante observar que as às margens dos rios e do
mar, existe um culto dos pescadores portugueses a São
Bartolomeu, representado segurando numa das mãos uma rede de
pesca e noutra um tridente, num claro sincretismo com a imagem de
Possêidon, Netuno. Trata-se do único caso da imagem de um
santo cristão segurando um tridente, instrumento sempre
associado ao demônio.
De Porto e de Guimarães partiu, através da vontade
férrea de D. Henrique, descendente dos duques de Borgonha, a
expansão que dá contornos ao Portugal moderno.
Deste caldeamento nasceu um povo que tanto por inclinação
atávica quanto por necessidade de sobrevivência, atirou-se
às lides do mar e tornou-se hábil em enfrentar os oceanos
encapelados e ventos furiosos que povoam a fusão do
Mediterrâneo com o Atlântico.
Os oito séculos de ocupação moura da
península trouxeram a oportunidade de que a matemática e
álgebra dos árabes, suas tradições de
observar os astros - fiéis herdeiros de seus antepassados
mesopotâmicos - e de seus instrumentos de cálculos
astrológicos chegassem aos centros intelectuais de Espanha e
Portugal tais como Compostela, Sevilha, Salamanca e Évora.
O quadrante, o astrolábio e a balestilha, adaptados pela
genialidade dos componentes do Círculo dos Matemáticos -
mais tarde conhecido pela mítica denominação de
Escola de Sagres, liderada pelo infante Dom Henrique, à
condição de instrumentos de navegação
astronômica, permitiram as aventuras em alto mar. Associados
às tábuas astrológicas computadas pelos
médicos-astrólogos portugueses e espanhóis,
cuidadosamente calculadas e impressas como as de Abraão Zacuto,
que esculpia em madeira, uma a uma as páginas de suas
efemérides, se tornou possível o cálculo do
deslocamento das embarcações nos sentido das longitudes,
libertando os pilotos e comandantes dos descobrimentos da escravatura
da navegação costeira.
Na Era de Peixes, o signo de Aquário ocupa a casa XII, coloca a
Astrologia nos bastidores, mas lhe dá o papel de suporte
fundamental para as grandes navegações, abrindo os
horizontes do planeta para a humanidade, transformando os instrumentos
e tábuas astrológicas em tecnologia que permitiria
singrar os mares nunca dantes navegados.
O mapa astrológico do Infante D. Henrique confirma, sem qualquer
dúvida, sua natureza visionária e mística, e a
Astrologia, com certeza fazia parte do acervo de seus conhecimentos. Os
biógrafos do Infante acreditam que ele tenha se inspirado na
obra de Raymundo Lullio - aquariano, maiorquino e alquimista. Lullio
propunha, já no século XV, uma alternativa ao combate
à expansão árabe na península
ibérica - ao invés de tentar forçar a que eles
retornassem às suas origens, retomando os portos
mediterrâneos como Ceuta e Cádiz - se restabelecesse as
rotas de comércio contornando a África para
alcançar as índias.
Estimulado pela providencial descoberta, feita por um de seus
comandados, de que haviam correntes favoráveis para além
dos Açores, que poderiam impulsionar as caravelas a descer a
costa ocidental da África, O Infante vislumbrou a possibilidade
de realizar o ideal de Lullio. E de fato lançou-se, utilizando
recursos da Ordem de Cristo, da qual chegou a ser grão-mestre,
na realização da empreitada, mandando construir e armar
caravelas, recrutar marujos e treinar pilotos.
Mas havia, além da intenção
economico-política, a esperança de encontrar a nova terra
prometida, onde os homens unidos, iriam viver em harmonia sob uma
única fé.
Este sonho ecumênico, uma das molas fundamentais da Era de
Peixes, se reflete na data da posse das terras do Brasil por Portugal:
eram oitavas de páscoa, que comemora a passagem dos judeus para
a terra prometida liderada por Moisés. A chegada de Cabral une
as Eras de Touro, Àries e Peixes - referindo-se simbolicamente
à libertação dos hebreus do cativeiro
egípcio e a substituição do bezerro de ouro da Era
de Touro pelo sacrifício do carneiro, mas trazendo o ideal
pisciano do ecumenismo e um novo céu e uma nova terra,
prenúncios da Era de Aquário.
Portugal foi resultado, entre outras causas, de um dos mais poderosos
vetores de Era de Peixes - as cruzadas - a libertação da
Terra Santa - que teve como primeira tarefa a expulsão dos
árabes da própria península. E foi no extremo
sudeste da península - no Sacro Promontorium , o Cabo de Sagres
onde, segundo as lendas, habitavam somente os espíritos dos
heróis e era morada dos deuses , de onde partiam as
expedições que fariam Portugal preencher completamente
seu destino pisciano.
A pequena nação agiganta-se por todo o globo, realizando
sua primeira circunavegação e chegando a manter
colônias nos quatro cantos da Terra. E realmente, Fernão
de Magalhães, Vasco da Gama, Bartolomeu Dias, Diogo Cão,
Pedro Álvares Cabral, do ponto de vista astrológico,
realizaram uma façanha de dimensões tão grandiosas
quanto as realizadas pela NASA, lançando do Cabo Canaveral, as
naves do programa Apolo que pousaram na Lua.
E o Brasil, com suas características piscianas, é o
herdeiro natural do gigantismo do império colonial
português, tornando-se um país-continente, que jamais a um
de seus habitantes concedeu o privilégio de percorrer
inteiramente suas fronteiras, indefinidas por florestas
impenetráveis.
Na carta astrológica do nascimento de Dom Manuel, o Venturoso
rei de Portugal à época do descobrimento do Brasil,
Júpiter, na posição mais elevada, no signo de
Peixes, anuncia a grande expansão do reino, conforme se refere o
poeta Gil Gomes:
Quando Júpiter estava em toda sua fortaleza
o seu gran poder reinava e seu braço dominava
os cursos da natureza;...
nesse dia, mes e era quando tudo isso era
nasceram Vossas Altezas
Estudando as correspondências entre os principais fatos da
historia do Brasil e a Astrologia, vai se delineando uma
seqüência que deixa muito clara nossa herança do
misticismo e universalismo da alma pisciana portuguesa.
Tanto nos mapas astrais da chegada de Pedro Alvares Cabral e da tomada
de posse da terra, quanto da chegada da corte portuguesa, da
independência e da república são marcantes as
presenças de astros entre Aquário e Peixes ou dos
regentes destes signos, predestinando o Brasil para um importante papel
de passagem entre estas duas eras e fazendo-o merecedor da clarividente
definição de Stephan Zweig- de país do futuro.
Por outro lado, a presença da Lua, Vênus e Júpiter
nos signos de Gêmeos, nos mostra que a nostálgica alma
portuguesa, aqui misturada a nativos e africanos, produziu um animismo
coletivo jovial, flexível, adaptável, curioso, brejeiro,
aberto e capaz de assimilar toda e qualquer cultura que por aqui
chegar.
E Plutão dominante, é um sinal de tarefa sempre por fazer
e refazer, de eterno renascer, tendo sempre mais conteúdo do que
forma, criatividade do que instrumentos, projetos do que meios - apesar
de toda a riqueza potencial e oculta em seus subsolos.
Nosso país é um dos raros que possuem um atestado de
nascimento - a carta de Pêro Vaz e Caminha é bem
explícita em citar a hora em que primeiro foi avistada terra e
das circunstâncias que rodearam a missa solene em primeiro de
maio, quando ergueu-se o padrão de pedra gravado com as armas de
Portugal e tomaram posse da terra em nome da Coroa.
Ali, temos já o prenúncio de que nestas paragens o
caldeamento étnico dos índios com os portugueses
produziria na nova colônia, um tipo humano extremamente tolerante
e aberto, emotivo, contemplativo, sensível e místico, que
ampliaria ainda mais sua índole sentimental com a posterior
mistura com os africanos.
Embora não tenhamos documentos sobre isso, é
possível que a vinda da Corte para o Brasil em 1808, tenha
trazido consigo aqueles que iriam fundar as primeiras lojas
maçônicas ou impulsionar aquelas porventura já
existentes - aqui inicialmente disfarçadas sob a fachadas de
clubes literários e de oratória para fugir às asas
negras do Santo Ofício.
A maçonaria, com seus templos onde sempre são
representados os signos do zodíaco e a abóbada celeste,
sempre serviu de veículo para a difusão de ensinamentos
da Astrologia e, com certeza, foram nesses clubes e lojas que a
Astrologia deve ter primeiro florescido em nosso país, em
especial no Rio de Janeiro.
Logo após a grande conjunção de Urano e Netuno em
Capricórnio - sob a qual houve aqui a sucessão
dinástica que somos obrigados a chamar de independência,
se inicia, em 1824 na Inglaterra, a publicação do
Almanaque de Rafael, que se mantém até hoje no formato de
efemérides anuais, e que com certeza deve ter sido um dos
primeiros a aqui chegar, por mãos maçônicas.
Em 1846, Netuno é descoberto e mais tarde, quando a
República é proclamada sob a conjunção de
Netuno e Plutão em Gêmeos, novamente a força do
céu se faz presente, fazendo de nossa bandeira como a
única flâmula nacional a levar gravada numa esfera celeste
a faixa da eclítica e as principais constelações
que viram nascer a recém proclamada república.
Pondo em destaque a estrela Espiga, de primeira grandeza, alfa da
constelação de Virgem, os positivistas autores da
bandeira resgatam o simbolismo solar do grito do Ipiranga, assim
destacando a República como o definitivo rompimento do pisciano
cordão umbilical português, expulsando de volta para a
Europa os Bragança. Nossa bandeira impõe a todos os
brasileiros a reverência ao céu e de que nosso destino, de
forma mais clara do que para o restante das nações,
acha-se escrito nas estrelas.
O primeiro grande passo que garantiu a ampla disseminação
da Astrologia no Brasil ocorre a partir do retorno de Urano aos signos
de Aquário e Peixes. Em 1909, se inaugura a Editora do
Pensamento e em 1913 começa a publicação do
almanaque editado por A. O. Rodrigues - prestes a completar uma
revolução de Urano nas bancas - neste ano de 1997,
terá 84 anos.
No início da década de 20, o livro Astrologia, da
Coleção Ciências Herméticas, é
enviado aos afiliados do Círculo Esotérico da
Comunhão do Pensamento, como primeira tentativa de um curso de
Astrologia por correspondência.
Grande parte do público que hoje contamos para consultas,
eventos, leitura de colunas e artigos sobre Astrologia em jornais e
revistas, devemos ao trabalho perseverante dos fundadores da
Pensamento. Através de seus círculos esotéricos e
instruções espiritualistas, Rodrigues, apoiado por
Franscisco Valdomiro Lorenz, consolidou uma obra que ainda hoje serve,
com renovada energia, à divulgação do saber que se
produz no campo da Astrologia, no país e no estrangeiro.
Jubal Tavares foi outro importante astrólogo paulista que
trabalhou para o Almanaque do Pensamento e que manteve até a
década de 60, um método pioneiro de fornecer
interpretações astrológicas reunindo apostilas
já impressas, a partir dos dados de nascimento, antecipando o
que depois seria feito por computadores.
Jeferson T. Alvares, inicia seus estudos de Astrologia ( 1915 ) que
irão se especializar na busca de um método eficaz para
retificação da hora do nascimento. Publica Astrologia
Revelada ( 1980 ) onde expõe o resultado de 50 anos de pesquisas
na área.
Em 1925, quando Urano encontrava-se novamente em Peixes, como ocorrera
na época da chegada do Mestre João, piloto e
astrólogo da expedição de Cabral, chega ao país Emma Costet de Mascheville. Emma une-se com Albert
Raymond Costet de Mascheville, violinista e astrólogo, iniciado
no saber dos astros por Henri Selva.
Com a publicação do livro La theorie des determinations
Astrologiques de Morin de Villefranche, Selva possibilitou a
redescoberta da astrologia clássica na França. Assim, a
cadeia de transmissão da tradição
astrológica, que passa por Morin, se reaviva com Selva e chega
ao Brasil através do casal Mascheville. Albert, que em companhia de Roso de Luna, Papus, Sédir, Saint
Yves D'Alvreyde e Péladan, trabalhou pela
reconstrução da Rosa Cruz na França e tornou-se o
difusor da Ordem Martinista na América do Sul.
Emma, na infância, conviveu com seus tios, Henry Edencoven e Ida
Hoffman, na primeira comunidade naturista e espiritualista fundada por
eles em Ascona, às margens do Lago Maggiore, na
Suíça italiana. Ali estiveram Fidus, Rodin, Rilke,
Isadora Duncan, Trotsky. Aos 15 anos Emma é levada pela primeira
vez ao teatro em Munique por Hermann Hesse, que junto com seu pai e o
Conde Bernadotte atuavam na assistência aos foragidos de guerra.
No início da década de 30 Emma Costet de Macheville
radica-se definitivamente em Porto Alegre, onde inicia um dos mais
fecundos e criativos trabalhos na Astrologia, formando uma grande
quantidade de profissionais e pesquisadores de alta qualidade, todos
moldados na mesma forma humanista e libertária em que cresceu.
A década de 30 traz consigo a descoberta de Plutão, no
signo de Câncer, remetendo os astrólogos da época,
ao desafio de desenvolver elementos interpretativos e preditivos do
novo planeta. A Astrologia no Brasil continua a ser uma atividade de
pesquisadores e profissionais isolados.
Nesta época, Danton Pereira de Souza inicia seus estudos de
Astrologia e dedica-se ao trabalho astrológico que o leva mais
tarde (1958), a freqüentar o Centro Internacional de Astrologia em
Paris, travando conhecimento com grande nomes da Astrologia Francesa:
André Barbault, Volguine e Jean Hieroz.. Foi um dos primeiros
membros da Associação Brasileira de Astrologia.
Até sua morte, Danton publicou trabalhos na área de
Astrologia Mundial.
Ullo Getzel, abandona a Alemanha em 1935, quando começavam as
perseguições religiosas e políticas do nazismo e
é trazido ao Brasil pelo pai de Emma. Inicia suas atividades
espirituais na Sociedade Rosa Cruz da Tijuca. No início da
década de 40, juntamente com Demetrio de Toledo e outros, funda
na redação do jornal A Folha Carioca, na Rua da
Constituição, a Sociedade Astrologica Brasileira. Ullo
Getzel ministrava cursos de Astrologia e aconselhamento
astrológico. Entre outras obras, publica Horas
Planetárias, e um compendio de Astrologia em dois volumes. Seus
horóscopos tinham como título Mapa Estelar da Vida.
Também no Rio, durante os anos 30, trabalhavam os astrólogos Batista de Oliveira e Botelho de Abreu.
Os anos 40 se iniciam sob a conflagração da Segunda
Guerra Mundial, detonada no ingresso de Plutão em Leão em
conjunção com o planeta hipotético Transpluto.
Para o Brasil, será um período crítico, as
efemérides, cujas maiores casas editoras são
alemãs, tornam-se raras.
Em 1943 Demetrio de Toledo, que havia sido cônsul brasileiro em
Paris e estudado com o astrólogo Don Neroman, publica "Eis a
Astrologia". Demetrio tinha, entre outros clientes ilustres,
Getúlio Vargas. Formou e ensinou novos astrólogos,
além de organizar curso de Astrologia por correspondência
e ter editado, entre 34 a 37, a revista Sombra e Luz.
A obra Mensagens do Astral, instruções do espírito
Ramatís, psicografadas pelo médium espírita
Hercílio Maes, de Curitiba, discorre sobre acontecimentos que
marcariam a transição da Era de Peixes para
Aquário. Mensagens do Astral e outros livros de Hercílio
Maes provocou o surgimento, em todo o país, de
instituições portando o nome de Ramatis, onde toda uma
geração de espíritas interessados em Astrologia
floresceu.
Na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, o astrólogo
João Romariz, que pratica e ensina a Astrologia e durante a
década de 60, será a referencia e estímulo para
astrólogos que mais tarde iriam se projetar no cenário
astrológico carioca. Um detalhe curioso é que Romariz foi
sócio de Monteiro Lobato na prospecção de
petróleo na Bahia.
O filósofo, místico e clarividente Rudolph Steiner inicia
na Europa a divulgação da Antroposofia, onde a Astrologia
Sideral é um dos fundamentos. No Brasil, será em
São Paulo que o movimento antroposófico irá mais
se destacar, especialmente na aplicação dos ensinamentos
astrológicos de Steiner na cultura de plantas medicinais. Com o
advento das grandes cadeias de rádio, surge o segundo
momento importante para o desenvolvimento da Astrologia no Brasil,
projetando duas figuras da área astrológica em
âmbito nacional: Omar Cardoso e Assuramaya.
A figura marcante do astrólogo Omar Cardoso, com suas mensagens
recheadas de otimismo e de um sentido construtivo, amplia ainda mais a
penetração da Astrologia na alma brasileira.
Também nesta época, Leo Costet de Mascheville, filho de
Albert Costet de Mascheville, faz uma cruzada nacional pela
divulgação do esoterismo, incluindo sempre em suas
palestras estimulantes ensinamentos astrológicos.
É também na década de 50 se dá a
fusão da Astrologia com a Umbanda, que pode ser considerada uma
das raras ramificações genuinamente brasileira da
Astrologia. Nos trabalhos de pesquisadores como W. W. Matta e Silva, no
Rio de Janeiro, e o núcleo C.E.U., em Porto Alegre, resultou
numa conceituação dos orixás em bases
esotéricas e com estrito fundamento astrológico.
Assuramaya iniciou seus trabalhos na Granja Experimental de Astrologia,
em Sepetiba, Rio de Janeiro (1954). Biólogo e
proprietário de um laboratório de análises
clínicas, Assuramaya percebeu a sintonia entre os ritmos lunares
e a proliferação de microorganismos, ponto de partida
para dedicar-se ao estudo da Astrologia. Em 1956 publica o livro
Introdução Astrológica à Zootecnia onde
analisa os ciclos férteis de animais selvagens e
domésticos. Manteve por 12 anos atividades em rádio, com
larga audiência, especialmente na Rádio Nacional, onde
substituiu Omar Cardoso, chegando a receber mais de três mil
cartas por mês. Mantinha coluna no O Jornal e na revista O
Cruzeiro. Publicou o livro Manual de Astrologia e um almanaque que
chegou a ser reeditado nos anos 70 e na década de 80.
Em 1955 se iniciam as atividades da Fraternidade Rosacruz em São
Paulo, que ministra cursos de Astrologia a seus membros, com base nos
ensinamentos de Max Heindel, cujos livros se tornaram clássicos,
unindo conceitos da Astrologia clássica com enfoque
espiritualista.
Os anos 60 trazem um novo impulso para a Astrologia em escala mundial,
o que se reflete também no Brasil . Sob a
conjunção de Urano e Plutão em Virgem e tendo como
um dos pólos mais fortes a recém fundada Brasília,
a Astrologia atrai a geração hippie, embalada pelos
acordes do tema musical da peça Hair, prenunciando no
refrão let the sun shine. A alteração de
paradigmas que acompanha todo o final de Era, fazendo com o signo de
Aquário sai da Casa XII da Era de Peixes para o a Casa I
começa a tirar definitivamente a Astrologia da reclusão
das confrarias herméticas e do isolamento da prática
individual, para uma difusão em todos os meios socioculturais.
Para isso, o advento dos microprocessadores e dos circuitos impressos,
permitindo o desenvolvimento do computador pessoal contribui de forma
avassaladora. Zeferino Pina Costa é o primeiro a trazer para o
país um computador dedicado exclusivamente a cálculos
astrológicos. Graças a sua formação em
engenharia eletrônica, Zeferino irá se beneficiar
amplamente da informática, sendo o pioneiro no país e um
dos primeiros no mundo a estudar os efeitos de Kiron.
A maior parte dos astrólogos atuantes no país se formou
ou foi formada enquanto Urano atravessava o signo solar do país,
surgindo entre estes, autores de talento, pesquisadores de grande
profundidade, professores que implantaram uma nova didática de
ensino da Astrologia, fomentadores de eventos e congressos, fundadores
de instituições destinadas a organizar e melhorar a
qualidade da profissão.
Em São Paulo, por exemplo, atua o astrólogo Wilehm F.
Bader, que teve, entre outros alunos Waldir Bonadei Fucher, que
além de criar uma das mais importantes escolas de Astrologia de
São Paulo - a Régulus - será um dos pioneiros em
organizar cursos e workshops de Astrologia no interior do estado.
Em todo o país, desenvolve-se o movimento naturista. No Rio
Grande do Sul, Mário Algayer Costa lidera a
fundação da Associação Macrobiótica
e a Fundação Editorial e Educacional Universalista,
responsável pela publicação e
distribuição gratuita de vários livros com
conteúdos astrológicos, que incentivam o estudo e a
pesquisa.
Sob o nome genérico de movimento alternativo, que teve nas
lojinhas naturistas a sua vitrine e nas revistas e jornais
independentes a difusão de sua ideologia.
Dada a escassez de
revistas especializadas em Astrologia, essas publicações
abrigaram boa parte da produção escrita dos
astrólogos brasileiros de 74 até a segunda metade dos
anos oitenta. Podemos citar Ordem do Universo, revista Transe, Comum
Unidade, Nave, Vida & Cultura, Outra, Orgon, Luta & Prazer,
além dos boletins mimeografados da Comunidade dos Sarvas, de
Brumadinho; da Aurora Espiritual, do Rio. Cabe assinalar ainda que
astrólogos foram presença constante nos encontros anuais
de comunidades alternativas - ENCAS - que prosseguem acontecendo desde
1979 ininterruptamente.
Surgem os primeiros cursos mais estruturados, culminando com a
organização do IPA - Instituto Paulista de Astrologia(
1969 ), fundado por Antônio Facciolo Neto e Ivan Moraes.
Transformado em Associação Brasileira de Astrologia (
1971), com o vital apoio de Alfredo César Muller, descendente
direto de Johanes Muller, o famoso astrólogo de cognome
Regiomontanus. Muller, psicólogo formado em Zurich,
discípulo de Jung mas seguidor da escola de Szondi, assistiu ao
primeiro curso de Astrologia ministrado em uma universidade
européias, desde o decreto de Colbert, que em 1666, baniu a
Astrologia das cátedras universitárias.
Muller, até o final de sua vida, seria um ferrenho defensor da
Astrologia, dividindo com a piscóloga e astróloga Regina
de Aquino de Brasília, a primazia em assumir publicamente o uso
da Astrologia na prática terapêutica. Regina de Aquino,
discípula de Petro Ubaldi e Emma Costet de Mascheville,
destaca-se tambem pelo uso da Astrologia em sua prática de
atendimento a doentes terminais.
Os anos 70 marcam a proliferação dos meios de
comunicação, de escolas, cursos, livrarias, eventos; a
vinda de astrólogos estrangeiros e a ampliação dos
espaços geográficos onde se pratica e se reflete sobre a
Astrologia. Reverbera ainda o boom místico da década
anterior, com grupos de vários matizes místicos
apropriando-se do simbolismo astrológico.
É o caso do Vale do Amanhecer, em Brasília. Por outro
lado, instituições mais tradicionais como a Teosofia,
abririam espaços para palestras e cursos de astrólogos de
seus próprios quadros ou visitantes. Ricardo Lindeman,
astrólogo formado nos cursos de Emma de Mascheville, chega a
assumir cargos de alto escalão na Sociedade Teosófica e
estimula a publicação de obras de Astrologia
através da editora da instituição.
No auditório do Diário de Notícias no Rio de
Janeiro, Assumamaya promove a realização do Primeiro
Congresso de Astrologia no Brasil. Mas o encontro não atinge seu
objetivo e se encerra com a realização de somente duas
palestras.
Em Porto Alegre, um Ciclo de Debates de Arte e Filosofia realizado na
PUC, conduzido por Darwin Oliveira aborda o tema do realismo
fantástico, onde são divulgadas informações
sobre a Era de Aquário.
Um veículo de comunicação que desempenha
até hoje um importante papel na aglutinação de
profissionais da Astrologia é a revista Planeta (1973). Ela
amplia e aprofunda o trabalho iniciado pelo Almanaque do Pensamento,
abrindo espaço para a divulgação de conceitos e
enfoques que só os estudiosos mais aprofundados de Astrologia
tinham acesso.
Em 1974, Urano ingressa em Escorpião, o signo que ocupa o Meio
Céu do Grito do Ipiranga e o signo solar da República,
iniciando um período de grande expansão da Astrologia no
Brasil. Nesta época, é nas livrarias que os
astrólogos se encontram. Em São Paulo, na Zipak, de
propriedade de Luís Pellegrini, que viria a ser um dos editores
da Revista Planeta, são promovidos cursos de Astrologia. A
Livraria Fretin é também um ponto de encontro informal
entre profissionais e pesquisadores que ali adquirem seu material de
estudo.
O mesmo acontece na tradicional Livraria Laissue, no Rio, e mais tarde
na Livraria Thot em Brasília, na Horus paulista e Pororoca, na
zona sul do Rio de Janeiro, dirigida por Álvaro Piano.
O primeiro boletim astrológico da ABA começa a circular (
1975 ) e prepara o terreno para a realização do primeiro
grande encontro de astrólogos do país, três anos
depois.
Astrodata seria a marca do primeiro serviço de Astrologia por
computador em larga escala a ser lançado no Brasil, tendo como
astrólogo responsável Assuramaya e Nelson Gorini como
analista de sistemas. Num mini computador IBM, durante nove meses
Assuramaya e uma equipe de 40 alunos produziram mais de cinco mil
textos e 800 mil informações gravadas em fita
magnética. Divergências entre os sócios
proprietários do sistema impediu o lançamento final do
produto - peripécias de Urano e Netuno no mapa do Grito do
Ipiranga?.
Assuramaya funda na Universidade Estácio de Sá o primeiro
centro de pesquisa de Astrologia com respaldo acadêmico ( 1974 ),
ministrando cursos de extensão para alunos da Universidade,
até o ano de 1982.
Em 1977, a grande sensação é a descoberta de
Kiron, que inicialmente é classificado como um
planetóide, e que será tema de controvérsia entre
os astrônomos, ao apresentar a formação de uma
cabeleira semelhante a dos cometas à medida que se aproxima mais
do Sol. ( mais tarde, na década de 90, quatro outros corpos
semelhantes a Kiron serão descobertos: Damocles, Omphalos,
restando outros dois sem nome ).
E é nesse ano que acontece na Academia de Yoga Vayuananda, do
professor Carlos Ovidio Trotta, um importante encontro entre uma nova
geração de astrólogos do Rio de Janeiro. Um dos
alunos da academia, Pedro Tornaghi, irá se destacar por
um pioneiro trabalho de união da yoga e meditação
com Astrologia, desenvolvendo um método que chamou de Astro
Deprogramação. Através de práticas que
atuam sobre os chakras, a técnica propõe a possibilidade
de uma experiência mais integrada das energias presentes no mapa
natal e nos trânsitos.
O sistema foi aperfeiçoado ao longo
de sete anos de pesquisas e aprendizado na Índia. Entre 88 a 90,
Pedro Tornaghi enfrentou o desafio semanal de descrever a personalidade
de uma figura de famosa sem saber de quem se tratava. A
descrição astrológica era publicada ao lado de uma
entrevista em que o retratado e alguns amigos, analisavam o seu perfil.
A coluna só cessou quando o plano Collor impôs uma
contenção de despesas no JB. Atualmente, Tornaghi
desenvolve um novo estudo inédito que estabelece a
relação dos ritmos respiratórios com as energias
dos planetas.
Também é em 1977 que a profissão de
Astrólogo ingressa no Código Brasileiro de
Ocupações do Ministério do Trabalho sob o
Código 1-99, incluído entre os trabalhos
científicos, técnicos e artísticos. Esta foi uma
importante conquista da ABA em prol da classe.
Já no final da década ocorre o Primeiro Colóquio
Brasileiro de Astrologia - organizado pela Escola Superior de
Ciências, dirigida pelo Prof. Flávio Pereira e pela ABA,
então presidida pelo Dr. Juan Alfredo César Muller ( 1978
). O evento se realizou nos 14 a 16 de abril, no auditório
Brasílio Machado Neto na Federação de
Comércio do Estado de São Paulo e reuniu alguns dos mais
expressivos e atuantes profissionais da área.
Os astrólogos presentes elaboraram uma Declaração
de Princípios referente à Astrologia no Brasil, em doze
itens. Com o objetivo de buscar uma nova linguagem para o atendimento, ensino
e divulgação, surge no cenário a Escola
Júpiter de Astrologia, em SP ( 1979 ), que mantém
serviços de consultas, cursos regulares e edita três
números da Revista Júpiter durante seu primeiro ano de
funcionamento.
A escola Júpiter, como outras escolas, organizou
seminários, eventos, palestras tais como O Pequeno
Seminário de Astrologia ( fev/79) e o Segundo seminário
de Astrologia ( set/79 ). O pioneirismo da escola Júpiter -
fundada por Olavo de Carvalho, Mary Lou Simonsen e o autor destas
linhas - foi ter sido a primeira escola de astrologia brasileira que
promoveu a vinda de um astrólogo estrangeiro para um evento:
Boris Kristoff ( Paraguai ).
A escola Júpiter acaba incentivando o surgimento de outras
escolas: a de Claúdia Lisboa no Rio de Janeiro, de Maurice
Jacoel - a Girasol - e a GEA - Grupo de Estudos de Astrologia de
Elizabeth Friederich.
A Astrologia dá mais um passo de volta à Academia em
1979, quando Juan Alfredo César Muller, auxiliado por Raul
Varella Martinez ministra o primeiro curso de extensão de
Astrologia aplicada na Psicologia na PUC de São Paulo. Raul
Varella, irá dar continuidade a esta iniciativa entre os anos de
86 a 94, mantendo cursos anuais de extensão universitária
em Astrologia no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Os cursos buscavam verificar a validade de alguns princípios
astrologicos observados em cartas de pessoas de projeção
pública, destacando-se os estudos feitos nos temas de Ayrton
Senna, Getúlio Vargas e do acidente que vitimou Ulysses
Guimarães.
O Primeiro Seminário de Astrologia no Rio de Janeiro, realiza-se
entre 21 a 22 de setembro de 79, promovida pela ARCA e será de
fato, o primeiro evento de caráter nacional a acontecer entre os
cariocas.
Em 1979, a ABA realiza em São Paulo, o Segundo Colóquio
Brasileiro de Astrologia. Dividindo, a partir daí com o Rio de
Janeiro o palco dos grande
eventos de astrologia no país, a ABA realiza entre 80 a 92, nada
menos do que nove congressos nacionais, mais um colóquio e
três congressos unindo Astrologia e ciência
herméticas.
A exemplo do que já vinha acontecendo na Europa e Estados
Unidos, começam a surgir no país - especialmente em
shoppings - os primeiros serviços de interpretação
e previsões astrológicas por computador, que depois de
quase duas décadas vêm sendo substituídos pelos
serviços telefônicos pré gravados e ao vivo.
A década de 80, traz o ingresso definitivo de Urano na Casa X do
Grito do Ipiranga, com eventos de Astrologia de grande porte
acontecendo no eixo Rio-São Paulo. A década se inicia
pelo surgimento do primeiro sindicato em São Paulo e da primeira
sociedade de astrólogos, no Rio.
É nesta década que se firma a ponte entre a Astrologia e
a Ufologia, por nomes como Luiz Gonzaga Scortecci de Paula e Ademar
Eugênio de Melo. Surge também a ligação da
Astrologia e Homeopatia, que teve um dos seus precursores com o Dr.
Fiore Feola Filho em São Paulo.
A acupuntura, que viria a ser reconhecida como especialidade
médica no Brasil na década de 90, é também
motivo de presença de astrólogos em eventos sobre o tema,
e de estudo, por parte de médicos das bases astrológicas
dos cinco elementos, notadamente por Silvio S. Harres.
A medicina fará outro elo com a astrologia, através
das
terapias florais e o médico Roberto Oliveira e Sérgio
Mortari, homeopata e cirurgião plástico, começam,
na década de 80, um importante resgate das raízes
astrológicas da medicina. Roberto Oliveira trará mais
tarde, da Alemanha, rico material de pesquisa do Departamento de
História da Universidade de Frankfurt, sobre a historia da
Astronomia.
Mortari, além de estruturar todo um trabalho de
diagnóstico utilizando-se de importantes fundamentos da
Astrologia, destaca-se como o primeiro professor regular de um curso de
Astrologia e Medicina, no Insitituto Delphos, de São Paulo e
como palestrante do assunto em eventos por todo o país.
Na primeira metade da década, o Centro Astrologico de São
Paulo, liderado por Hélio Amorim, Rui Alvarenga, Marcos
Alvarenga e Ilza
Fiúza publicam a revista Astrologia. Amorim realiza um trabalho
de compilação de textos inéditos de vários
cursos que freqüentara no passado.
A primeira Associação de Astrólogos Profissionais
do estado de São Paulo é organizada ( 1980 ) pelo mesmo
grupo que fundara o IPA - Instituto Paulista de Astrologia e a ABA -
Associação Brasileira de Astrologia. Começam
também as primeiras tentativas de legalização e
reconhecimento oficial da profissão.
Transformada mais tarde em sindicato ( 1988 ) associação
paulista dará frutos: surgem depois os Sindicatos do Rio de
Janeiro e Pernambuco.
A 18 de setembro de 1980 é fundada a SARJ - Sociedade de
Astrologia do Rio de Janeiro - que movida pelo carisma e capacidade de
agregação de Maria Eugenia de Castro, toma a
liderança dos grande eventos de Astrologia, reunindo no Rio de
Janeiro o que há de melhor na Astrologia nacional. Maria Eugenia
amplia a atuação da SARJ colocando o Brasil no circuito
dos eventos mundiais com a vinda de alguns nomes importantes aos quatro
congressos de cunho internacional que realizou com grande brilhantismo.
Ela é responsável também pelo nascimento do SINARJ
e da Escola Superior de Astrologia, formando em seus cursos uma grande
quantidade de expressivos nomes da Astrologia carioca.
No mesmo ano nasce a Astroscientia, que na tentativa semelhante do
Instituto Delphos de São Paulo, busca dar a seus cursos um
currículo com características universitárias. Ali,
uma plêiade de profissionais ministra aulas e workshops. Foi no Centro Educacional da Lagoa ( CEL ), em 1981, que surgiu a
primeira associação de astrólogos para a
manutenção de um curso regular de Astrologia. Maria
Eugenia de Castro, Cid de Oliveira e Gustavo Corrêa Pinto,
professor de I Ching, locaram três salas da escola e mantinham
cursos em conjunto.
Fernando Fernandes produz a primeira dissertação de
mestrado brasileira que analisa ideologicamente o fenômeno da
cultura alternativa e sua contraposição ao modelo
convencional, abordando as comunidades rurais e o conceito de Era de
Aquário. Uma consulta com a astróloga o fez
lançar-se inteiramente no estudo da Astrologia.
Danton de Souza, lança em 1982, o livro Predições
Astrológicas, fruto de mais de 50 anos de pesquisas, é
uma obra pioneira em Astrologia Mundial no país, analisando com
precisão e minuciosidade os temas astrológicos do Brasil,
França, Rússia , Portugal, Alemanha, Itália,
Israel e Argentina. Ali, Danton apontava para março de 1991 o
início de um período de crise para o governo e
assinalando os anos de 92 a 94 como de grandes dificuldades para o
país, o que coincidiu com a crise do período
Collor-Itamar Franco. Somente anos mais tarde ( 1996 ) o trabalho de
Danton terá uma continuidade, apesar da existência de
várias pesquisas importantes na área, com a
publicação do livro No céu da pátria nesse
instante, de Barbara Abramo.
Em 1983, Valdenir Benedetti participa, no Rio de Janeiro, de um evento
que tem por tema o destino, organizada pela empresa Mandala. No ano
seguinte, estará presente no Congresso da SARJ realizado no
Hotel Glória. Naquele mesmo ano, inicia sua trajetória de
promotor de eventos e coordenador de publicações para a
Editora Hipocampo, a par de seu trabalho editorial na Editora
Três, na série Astrologia Hoje.
Valdenir é o pioneiro em reunir em compilações,
trabalhos inéditos de grandes nomes da Astrologia nacional.
Possibilidades Terapêuticas da Astrologia e
Interpretação do Horóscopo - Técnicas e
Estilos, e Astrologia Hoje são os títulos das
publicações.
A SARJ - Sociedade de Astrologia do Rio de Janeiro realiza em 1984 seu
primeiro grande evento: é o Primeiro Encontro Aberto de
Astrologia do Rio de Janeiro. Participam profissionais de
expressão e grandes pesquisadores.
Em paralelo ocorrem cursos
introdutórios e consultas. A este evento seguirão outros
nove, sempre com grande assédio de público: Em 1985 o
Primeiro Congresso Internacional no Hotel Nacional, em 86 na Academia
Brasileira de Letras, em 87, 88 e 89 no Copacabana Palace; em 91 na
Faculdade da Cidade, 93 no Teatro da Barra; 94 no Fórum de
Ipanema e em 1997 no Teatro do Leblon. Em Fortaleza, Ceará,
é fundada a SAC - Sociedade Astrológica Cearense ( 1984
). Em 1984, Anna Maria Costa Ribeiro, lança pela Editora
Hipocampo
o livro Conhecimento da Astrologia, que além de ser o primeiro
grande compêndio de Astrologia nacional, se tornará o
primeiro grande sucesso editorial. da área.
Carlos Alberto Botton, publica a primeira Tábua de Casas para o
Hemisfério Sul, pela Editora O Pensamento ( 1985 ). Dois anos
antes, Botton inicia com Mary Lou Simonsen o Astro Center, que
virá a ser um polo de intensas atividades em aconselhamento,
pesquisa, workshops, astrologia empresarial, software e
formação de Astrólogos.
O Astrocenter traz ao Brasil Richard Eidemon - o primeiro parceiro de
Liz Greene - e Jeff Jawer, criador do Astrodrama, para cursos e
palestras de grande repercussão.
Em março de 1985 os fundadores do Astrocenter participam como
conferencistas do décimo quarto encontro anual da National
Astrological Society, realizado no Kanover Renaisance Hotel em Miami
com a palestra de "The Work of Emma Costet de Mascheville".
Ainda naquele ano, o evento Novos Caminhos da Astrologia, organizado por Valdenir Benedetti é o primeiro a utilizar-se da
projeção de mapas gerados em computador em telão
de vídeo.
É também em 85 que Osmar Jardim organiza um pioneiro
serviço profissional em astrologia empresarial e financeira, faz
os mapas de todas as empresas que negociavam ações nas
bolsas de valores, passando a montar carteiras de papéis para
investidores.
Adonis Saliba e Dulce Montes fundam em Belo Horizonte ( 1987 ) a
AstroInvest, empresa dedicada à astrologia financeira de Bolsas
de Valores.
Embora tenha tido sucesso, se dissolveu por achar-se distante do
principal eixo financeiro do país.
A metodologia de previsão usada na AstroInvest encontra-se
disponível na Internet na home page da Speculum
(http://www.enfoque.com.br/speculum).
Além deste trabalho, Adonis detém a rara
condição de astrólogo e produtor de Urânio
mineral.
Em Minas Gerais a Escola Universos Centro Cultural, fundada por Renato
Quintino (1985) é quem lidera o movimento astrológico.
Entre
1989 e 1996 promove congressos anuais de Astrologia, com a
participação de astrólogos de vários
estados do país, culminando com a presença de Dona
Cunnigham, astróloga norte-americana.
Nasce em Salvador a Plêiades, Núcleo de Estudos de
Astrologia. O grupo atua ativamente na produção e
organização do "Primeiro Encontro Nacional de Astrologia
na Bahia".
Amauri Magagna produz o primeiro software genuinamente brasileiro de
Astrologia o Vega(1986). A este se seguirão vários
outros, destacando-se Pégasus e Canopus.
Em Curitiba, acontece o "Encontro Nacional da Era de Aquário",
no Hotel Paraná Suite - promovido pela Aquariana Cultural.
Até 89, Ana Mendes irá polarizar o movimento
astrológico em Curitiba, Na segunda metade da década de
80, surgem vários movimentos em busca de uma união da
linguagem corporal e da Astrologia, os mais expressivos
situam-se no Rio de Janeiro e Ceará, criados por Zoé de
Freitas e Claúdia Carvalho.
Em Junho de 1987, sob o trigono de Júpiter em Aries com Urano em
Sagitário acontece o Primeiro Encontro de Astrologia na Bahia
promovido pelo Grupo de Astrologia da Bahia, composto pela
associação das escolas Plêiades, Astrolab e
Phoenix. Além de estabelecer um marco na história da Astrologia na
Bahia, será o primeiro grande evento a acontecer fora do eixo
Rio-São Paulo.
O Primeiro Encontro Nacional de Psicomagia, em São Paulo,
será a última participação pública
de Juan Alfredo César Muller em eventos ligados à
Astrologia.
Também no ano de 89 foi formada em Curitiba, por iniciativa de
Aline Alvarenga a sociedade ASAS - Astrólogas Associadas, que
proporcionou a estrutura básica para a realização
de do evento O Futuro da Astrologia, em 92, em parceria com Valdenir
Benedetti.
Em novembro de 1987, a Escola Totalidade, traz ao Brasil o casal Bruno
e Louise Huber, do API - Astrologisch Psychologisches Institut de
Zurique para cursos, conferencias e lançamento de livros. O
casal Huber participa de vários eventos e seminários
promovidos pela Totalidade, estimulando estudantes e
aperfeiçoando profissionais, não só da capital
como também do interior de São Paulo, num esforço
pioneiro de Elisa Gerra Malta Campos e Sônia Lima. José
Maria Gomes Neto, um dos alunos do curso ministrado pelo casal Huber em
Campinas irá polarizar o movimento astrológico em
Niterói no estado do Rio, com a abertura de oficinas de estudo
da Astrologia. Mais tarde, em 1996, inaugura o espaço Jardim
Secreto, onde mensalmente recebe centenas de interessados em Astrologia
para palestras sobre as lunações.
O II Encontro Nacional da Era de Aquário acontece em Curitiba,
entre 29 a 31 de julho de 1988, no Teatro Guaíra, promovido pela
Aquariana Cultural e Totalidade.nEm outubro daquele mesmo ano, realiza-se o Primeiro Encontro
Porto-alegrense de Astrologia, realizado de 20 a 23 de outubro, no
Clube de Cultura.
Apesar de contar com uma profunda e disseminada cultura
astrológica, principalmente pela longa atuação de
Emma Costet de Mascheville em Porto Alegre, a tentativa de
fundação de uma associação não
progride.
Um persistente grupo de astrólogos reúne, durante todo o
ano de 89, na tentativa de formar no Brasil, uma entidade semelhante
à AFAN - American Federation of Astrologers Network. A AFAN
nasceu da reação de um grupo de Astrólogos
americanos à falta de democracia e transparência da mais
antiga instituição de Astrologia nos USA: a AFA -
American Federation Astrologers, que não cedia a nenhum outro
grupo sua mala direta para divulgação de eventos
independentes.
O grupo brasileiro chega a elaborar um minucioso estatuto, mas o ideal
não se concretiza. Ainda no último ano da década
de 80, surge o SINARJ -
Sindicato dos Astrólogos do Rio de Janeiro - o segundo sindicato
da astrólogos do país, que se direciona também no
sentido de buscar reconhecimento e legalização da
atividade de Astrólogo.
Movimento em Revista, foi o título da primeira tentativa de um
mini tablóide de distribuição gratuita no Rio de
Janeiro, com amplo conteúdo astrológico, fundado por
Paulo Carvalho e que tinha no conselho editorial a hereditariedade
astral".
Por conta de suas pesquisas, Harvey acumulou uma das mais raras
bibliotecas de Astrologia em todo o mundo. A Escola Triom tem como um
de seus fundadores Rodrigo Araes Caldas Farias, que ali ensina
Astrologia esotérica e tradicional. Ele foi pioneiro em falar
publicamente sobre as ligações da Astrologia e vidas
passadas, no Primeiro Colóquio Brasileiro de Astrologia em 78,
abrindo caminho para Ademar Eugênio de Melo, Waldemar
Falcão, Antonio Escavone e José Maria Gomes Neto, que
entre tantos outros, dedicam-se ao tema.
Astro 92 é o título do encontro sobre previsões
astrológicas que aconteceu no auditório do jornal O Dia,
no ingresso do Sol em Aries daquele ano.
Sob a conjunção exata de Urano e Netuno em
Capricórnio, acontece no Rio de Janeiro, na
Fundição Progresso e no Hotel Marina Palace o evento
Céu Aberto,
que será o primeiro a proporcionar um curso de introdução à Astrologia com entrada franca.
Lá é exibido o vídeo "Muitos Falam por Mim"
produzido em conjunto por Claudia Lisboa e seus alunos. O trabalho
é o primeiro registro em video tape do processo de ensino e
aprendizado da Astrologia baseado no testemunho dos participantes de um
curso. Claudia inova a metodologia de ensino da Astrologia, conduzindo
seus alunos através da associação do ensino da
teoria com vivências coletivas dos signos, casas e planetas.
Em setembro e dezembro 92, realizam-se em São Paulo e Curitiba,
os eventos O Futuro da Astrologia, coordenados por Valdenir Benedetti
em São Paulo e Aline Alvarenga. É o primeiro no
gênero a dedicar-se exclusivamente a uma reflexão sobre a
prática da Astrologia e o papel do astrólogo.
Chega às bancas o Universus ( 1994 ) o mais bem sucedido jornal
de Astrologia surgido em nosso país, que chega a atingir a marca
de 20 mil exemplares distribuídos mensalmente. Veículo de
divulgação da escola Astro*Time, fundada por
Otávio Azevedo e Paula Salotti, é também o
único de circulação nacional. Universus é
também a única publicação de astrologia
brasileira disponível na Internet.
A Gravadora Polygram lança a coleção Astrodisc,
composta por 12 Cds contendo previsões, musicas especialmente
compostas para cada signo, textos e fotos ilustrativos e um
gráfico para calculo do Ascendente.
Acontece em Salvador o Primeiro Simpósio de Astrologia da Bahia
coordenado pelo núcleo de Astrologia da Bahia ( 94 ).
Neste mesmo ano, liderados por André Peixoto, um grupo de
astrólogos encaminha à Câmara Legislativa de S.
Paulo, o projeto do Museu de Astrologia Contemporânea.
Além de buscar reunir acervo sobre a história da
Astrologia, o projeto prevê a formação de uma
biblioteca informatizada e atividades culturais. Ivan de Freitas, um
dos participantes do grupo, além de sua atuação em
jornais, revistas e programas de rádio e TV, é o primeiro
astrólogo a assumir a direção de uma rádio
- Antares FM 106,5 MHz de São Caetano do Sul em São Paulo
e a colocá-la a serviço da divulgação da
Astrologia.
Felipe Heuser, que fez parte de sua formação com a
astróloga Emma Costet de Mascheville e na Grande Fraternidade
Universal de Porto Alegre, torna-se em 1995 o primeiro astrólogo
brasileiro a exibir uma página na rede internacional de
computadores Internet.
Oscar Quiroga após colher grande sucesso nas colunas de jornais
e revistas, estrutura em São Paulo, o primeiro serviço de
atendimento
de Astrologia pelo telefone, através do prefixo 0900 ( 1995 ). A
partir daí estes serviços irão se expandir com
ofertas de consultas telefônicas por grupos liderados por
profissionais nacionais e estrangeiros.
Naquele mesmo ano, Marcos Vannuzini inaugura na rede mundial de
computadores Internet a lista de discussão de Astrologia e
Ocultismo Equinox, que depois toma o nome de Solstix. A lista
reunirá mais de uma centena de interessados no primeiro
fórum eletrônico à disposição dos
astrólogos no país e assinala o ingresso definitivo da
astrologia brasileira na grande teia aquarina de troca de
informações.
Luciana Leme, astróloga formada com Claúdia Lisboa,
seguindo a tradição familiar de atuar na área de
comunicação, abre o primeiro canal de bate papo de
Astrologia na Internet brasileira ( lleme@centroin.com.br ).
O décimo congresso de Astrologia da SARJ intitula-se As Artes da
Interpretação e realiza-se no teatro do Leblon de 8 a 10
de novembro. Em Busca da Felicidade é a chamada para o evento que se realizou
logo após o ingresso do Sol em Aries, no auditório do
Othon Palace Hotel, na Bahia, buscando uma reciclagem da Astrologia
local com o ingresso de Urano em Aquário.
Entre 24 a 25 de janeiro de 1997, o SINARJ realiza com amplo sucesso,
sob a conjunção de Sol, Júpiter e Urano em
Aquário, o Primeiro Encontro Nacional de Astrologia. Um dos
pontos altos do evento é o primeiro debate entre
astrônomos e astrólogos. Representando a Astronomia
comparecem Sérgio Menge de Freitas, Alberto Delerue e Jorge de
Albuquerque Vieira.
No ingresso em Aries de 1997, se realizam simultaneamente, em
São Paulo e Rio, os eventos Astrologia em São Paulo e o
Encontro @berto de Astrologia, que unidos por um canal IRC na Internet,
lança a primeira semente dos eventos interativos no país.
O encontro de São Paulo, coordenado por Valdenir Benedetti.
será a primeira vez , desde 1978, onde as várias
correntes de Astrologia de São Paulo se fazem presentes.
Inaugura-se na MTV o quadro Pop Astral no programa Semana MTV ,
pioneiro em enfocar as relações da Astrologia com o mundo
musical. Em maio de 1997, entra em fase de teste a lista de discussão
Prometeu, primeira dedicada exclusivamente à Astrologia e que
depois irá se transformar na lista de discussão de
Astrologia Mundial Zigurat, também única no tema em nosso
país. Em junho, nos dias 20 e 21 realiza-se no Rio de janeiro o "Primeiro
Encontro Nacional do Solstício", no Fórum de
Ciências da UFRJ - Urca. O evento propõe uma
discussão aberta sobre o destino e a liberdade humana.
Num país de dimensões continentais as
telecomunicações e a Internet com certeza irão ser
o grande canal de expansão da Astrologia e a possibilidade de
que os cursos e consultas não tenham mais limites
geográficos. O ideal de se criar uma rede de contato entre
astrólogos está se consolidando através das listas
de discussão, que em breve poderão suportar canais de
áudio e vídeo.
Os eventos, tenderão também a se sofisticar em
interatividade, mas sem dúvida os encontros pessoais
serão ainda a grande forma de trocas mais profundas e efetivas.
No encerramento deste texto, sincronicamente, recebo email da Vannuzini
anunciando a implantação do primeiro diretório da
Comunidade Astrológica Brasileira na Internet - o ZiNet CAB.
O diretório é um guia de home pages para publicar na web
dados de profissionais, escolas, entidades, pesquisadores e
simpatizantes da Astrologia no endereço
http://web.cip.com.br/zinet/cab/
Os aspectos astrológicos recorrentes em todos os principais
temas associados à história do Brasil, apontam, sem
qualquer dúvida que aqui irá se desenvolver cada vez
mais, uma visão muito particular e inovadora da Astrologia. Esta
breve resenha histórica é um testemunho disso.
Por
ultimo, meu agradecimento a Adonis Saliba e à Makron Books, que
na qualidade de maior editora de livros técnicos e de
administração do país, ao decidir editar uma obra
como essa, deixa patente não só sua
convicção na importância da Astrologia no mundo
moderno mas também na existência de um publico no Brasil
com interesse suficiente para lhes garantir, sob a atmosfera
propícia de Júpiter e Urano em Aquário, mais um
novo sucesso neste segmento editorial.
Agradeço aqui a todos que me auxiliaram com
informações, críticas e sugestões, em
especial a Fernando Fernandes e Barbara Abramo, sendo toda e qualquer
imprecisão plena e única responsabilidade minha.
Petrópolis, sob o trigono de Sol em Gêmeos e Urano em Aquário de maio 1997, Antonio Carlos S. Harres.
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